Pragas

Cupins

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Provando que tamanho não é documento, o cupim promete fazer estragos nas moradias ou empresas que escolhem se instalar. Existem cerca de 2 mil espécies desse bichinho, mas pouco mais de 80 são consideradas pragas que causam prejuízos econômicos, o que é um número considerado elevado.

Ele se alimenta de madeiras ou qualquer outro componente que tenha celulose, e desta forma desempenham uma importante função na natureza. Os cupins equilibram o ecossistema, pois formam pequenos canais na terra, permitindo a drenagem e aeração dos solos. Isso ajuda na estruturação e fecundidade da superfície. O cupim ajuda também no processo natural de reciclagem.

Mas por outro lado, nas zonas urbanas, sua habilidade pode nos expor a um enorme prejuízo, porque quando escolhem alguma madeira com função estrutural em residências, livros e móveis, deixam seu rastro de destruição.

São diversos os fatores que favorecem a intensidade de infestação dos cupins em uma estrutura. As alterações do ecossistema provocada pelos humanos através do processo de urbanização podem causar desequilíbrio e riscos de infestações por espécies de cupins nativos.

Das espécies existentes no Brasil, três delas merecem destaque:

  • Cupins arbóreos: Crescem até 1,9 cm podendo chegar a 2,5 cm com as asas, e são um grande problema para o reflorestamento e para o cultivo do eucalipto, pois a intervenção do ser humano diminui as fontes naturais de alimento.

Por isso, esse inseto também passou a atacar áreas urbanas. Cidades históricas em Minas Gerais, por exemplo, já sofreram com a infestação em seus monumentos históricos. Têm como habitat áreas rodeadas de matas, caatingas e cerrados. Se infestam em ambientes internos e seu ninho pode ser encontrado fora, em árvores por exemplo, que se encontram próximas.

 

  • Cupins de madeira seca: É a principal espécie de cupim no meio urbano e intradomiciliar. Preferem infestar objetos e estruturas de madeira que tenham baixa umidade. Atacam principalmente móveis e componentes de edificações como rodapés, portas e portais, telhados, janelas e podem chegar a destruir até outros objetos como livros e papéis.

As colônias dos cupins de madeira seca, por seu tamanho reduzido, são capazes de viver até em pequenos objetos, o que facilita o transporte e a instalação desses insetos em regiões distantes do seu local de origem e dificulta o trabalho de remoção desses bichinhos indesejáveis.

 

  • Cupins subterrâneos: Este tipo de cupim constrói sua colônia preferencialmente no solo, em local subterrâneo, pois depende da umidade para se desenvolver. A população das colônias do cupim subterrâneo é enorme, podendo até chegar a milhões de indivíduos. Pesquisas feitas nos Estados Unidos registraram colônias maduras de cupins subterrâneos do gênero dessa espécie realizando consumo médio diário de 300 gramas de material que contem celulose em sua composição.

Espaços escuros, com má ventilação, locais fechados por muito tempo e temperaturas elevadas são favoráveis ao seu desenvolvimento e infestação. Os locais nos quais são formados os ninhos são de difícil acesso, dificultando o combate.